Incêndio que durou cinco dias e derreteu 30 mil toneladas de açúcar em Santa Adélia (SP) foi considerado o maior desastre da história nos mananciais de São Paulo
13 de dezembro de 2013 | 21h 29
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ARAÇATUBA - A 'cachoeira de caramelo' que assuntou os moradores do interior de São Paulo no fim de outubro ainda causa estragos à economia da cidade de Santa Adélia.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) multou em R$ 15 milhões a Agrovia Brasil pelos danos ambientais provocados pelo incêndio ocorrido em 25 de outubro no terminal de açúcar da empresa.
O incêndio, que durou cinco dias, causou a perda de aproximadamente 30 mil toneladas de açúcar e provocou uma um rio de açúcar derretido que invadiu casas e escorreu por três rios, matando 14 toneladas de peixes.
O acidente foi considerado pela Polícia Ambiental "o maior desastre registrado nos mananciais do Estado de São Paulo até hoje".
A Agrovia informou que vai recorrer da multa. A punição à empresa ocorre 15 dias depois de a Cetesb multar a Copersucar em R$ 193,7 mil por ter lançado, no canal do Porto de Santos, efluentes resultantes do combate ao incêndio no terminal açucareiro da empresa, em 18 de outubro.
Melaço. No incêndio, cerca de 180 mil toneladas de açúcar foram danificadas e cinco armazéns foram destruídos. Segundo a Cetesb, o incêndio em Santos causou a poluição das águas dos estuários e impactos ambientais, como mortandade de peixes, crustáceos e de repteis, devido à queda de oxigênio provocada pelo melaço produzido pelo combate às chamas.
As duas empresas ainda lutam para se recuperar dos prejuízos causados pelos dois incêndios e voltar a atender seus clientes.
A Copersucar informou que está concluindo um plano de contingência, que deve estar pronto em janeiro, para iniciar a reconstrução do terminal. Mas a empresa já apresentou aos seus clientes soluções para a próxima safra.
"Estamos tudo certo com a Copersucar, que nos garantiu o recebimento de 100 mil toneladas de açúcar para a próxima safra", diz o gerente comercial e financeiro da usina Itajobi, Leonardo de Freitas Perrossi.
"Não haverá problemas com a Copersucar, a entrega de nossas 70 mil toneladas está garantida para a próxima safra", completa Luiz Fernando Abussamra, diretor comercial da usina Ruette.
Safra. Apesar das declarações, fontes do setor informaram que a Copersucar está preocupada com possíveis dificuldades de embarque que encontrará no porto na próxima safra.
Já a Agrovia ainda espera a solução da seguradora para ressarcir seus clientes pela perda do açúcar queimado no incêndio do terminal 2 e também deverá demorar mais alguns dias até que o terminal 1, não afetado pelo incêndio, volte a operar.
A empresa só recebeu na sexta-feira, 29, autorização da Cetesb para fazer a limpeza do pátio interno e deverá apresentar plano de contingência para reconstruir suas instalações.
"A Agrovia nos informou que está à espera da seguradora para nos ressarcir dos prejuízos", diz Perrossini. Segundo ele, a usina Itajobi perdeu cerca de 2 mil toneladas de açúcar que estavam no armazém.
Em 2014, a empresa espera repetir o volume de 8 mil toneladas de açúcar entregue à Agrovia.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) multou em R$ 15 milhões a Agrovia Brasil pelos danos ambientais provocados pelo incêndio ocorrido em 25 de outubro no terminal de açúcar da empresa.
O incêndio, que durou cinco dias, causou a perda de aproximadamente 30 mil toneladas de açúcar e provocou uma um rio de açúcar derretido que invadiu casas e escorreu por três rios, matando 14 toneladas de peixes.
O acidente foi considerado pela Polícia Ambiental "o maior desastre registrado nos mananciais do Estado de São Paulo até hoje".
A Agrovia informou que vai recorrer da multa. A punição à empresa ocorre 15 dias depois de a Cetesb multar a Copersucar em R$ 193,7 mil por ter lançado, no canal do Porto de Santos, efluentes resultantes do combate ao incêndio no terminal açucareiro da empresa, em 18 de outubro.
Melaço. No incêndio, cerca de 180 mil toneladas de açúcar foram danificadas e cinco armazéns foram destruídos. Segundo a Cetesb, o incêndio em Santos causou a poluição das águas dos estuários e impactos ambientais, como mortandade de peixes, crustáceos e de repteis, devido à queda de oxigênio provocada pelo melaço produzido pelo combate às chamas.
As duas empresas ainda lutam para se recuperar dos prejuízos causados pelos dois incêndios e voltar a atender seus clientes.
A Copersucar informou que está concluindo um plano de contingência, que deve estar pronto em janeiro, para iniciar a reconstrução do terminal. Mas a empresa já apresentou aos seus clientes soluções para a próxima safra.
"Estamos tudo certo com a Copersucar, que nos garantiu o recebimento de 100 mil toneladas de açúcar para a próxima safra", diz o gerente comercial e financeiro da usina Itajobi, Leonardo de Freitas Perrossi.
"Não haverá problemas com a Copersucar, a entrega de nossas 70 mil toneladas está garantida para a próxima safra", completa Luiz Fernando Abussamra, diretor comercial da usina Ruette.
Safra. Apesar das declarações, fontes do setor informaram que a Copersucar está preocupada com possíveis dificuldades de embarque que encontrará no porto na próxima safra.
Já a Agrovia ainda espera a solução da seguradora para ressarcir seus clientes pela perda do açúcar queimado no incêndio do terminal 2 e também deverá demorar mais alguns dias até que o terminal 1, não afetado pelo incêndio, volte a operar.
A empresa só recebeu na sexta-feira, 29, autorização da Cetesb para fazer a limpeza do pátio interno e deverá apresentar plano de contingência para reconstruir suas instalações.
"A Agrovia nos informou que está à espera da seguradora para nos ressarcir dos prejuízos", diz Perrossini. Segundo ele, a usina Itajobi perdeu cerca de 2 mil toneladas de açúcar que estavam no armazém.
Em 2014, a empresa espera repetir o volume de 8 mil toneladas de açúcar entregue à Agrovia.
Seguro. A usina Ruette, segundo Abussambra, também perdeu 2 mil toneladas de açúcar, algo perto de R$ 1 milhão pelo valor de mercado, no incêndio.
"Nosso prejuízo, no rateio das usinas, ficou em 16%", diz Abussamra. Segundo ele, a empresa entregou 11 mil toneladas de açúcar para a Agrovia e também espera definição da seguradora para ser ressarcida dos prejuízos.
No entorno do terminal da Agrovia, as obras de recuperação da avenida José Serra, atingida pela "cachoeira de caramelo", que entrou nas casas vizinhas, já foram concluídas.
A avenida foi restaurada e a sujeira retirada das casas e das galerias pluviais e as famílias, que tinham sido retiradas por causa da invasão do melaço em suas casas, já voltaram para suas residências.
A Cetesb ainda determinou que a Agrovia faça a destinação correta de 17 mil toneladas de açúcar e outros resíduos sólidos (escombros, entulhos de construção civil, etc.) originados no sinistro. A reportagem do Estadão não localizou representantes da Agrovia para comentar o valor da multa aplicada pela Cetesb.