Mas o que é peixamento?
Pode ser considerada uma medida mitigadora?
O site do CBHSF, fonte da foto e do texto a seguir, fala de modo simples:
- A piscicultura entende por peixamento a operação que tem por fim o povoamento, o repovoamento e a estocagem de alevinos, o filhote de peixe, na fase de vida imediatamente posterior à pós-larval e anterior à juventude.
- Em algumas cidades da Bacia do São Francisco são feitos peixamentos anuais, que colaboram para o aumento no número de peixes e consequentemente ajuda a revigorar a economia local, assim como a natureza.
Já os autores Gurgel e Nepomuceno, Pesquisador, Diretor da Diretoria de Pesca e Piscicultura - DNOCS e Engo Agrônomo, Chefe da Divisão de Administraçaão de Açudes - DNOCS, respectivamente, dizem que:
- Na terminologia aquícola se entende por peixamento a operação que tem por fim o povoamento, o repovoamento e a estocagem de coleções d'água, com larvas, pós-larvas, alevinos, juvenis e adultos de peixes, crustáceos, moluscos, mamíferos, etc.
- É um neologismo que, embora não registrado nos dicionários, tem largo emprego na linguagem técnica referente à piscicuitura.
- Esta palavra foi empregada pela primeira vez durante os trabalhos de erradicação da malária no Nordeste brasileiro, por funcionários da “Fundação Rockfeller”, quando colocavam em cacimbas, poços, tanques e potes, usados para armazenar água, pequenos peixes insetívoros. Deriva do verbo “peixar”, que exprime a ação de colocação dos peixes no meio aquático.
- O peixamento em si, consta de uma série de atividades que vai desde a coleta do organismo até sua introdução na água. Para cada etapa são necessários cuidados especiais, dos quais depende o sucesso da operação, não podendo, por isso, ser executado por pessoas destituídas de conhecimentos básicos de piscicultura e de limnologia.
(...)
- No tocante a piscicultura, se entende por alevino o filhote de peixe, na fase de vida imediatamente posterior à pós-larval e anterior à juvenil, que na maioria das espécies tropicais de água doce, corresponde à idade entre 10 a 100 dias de vida livre. Para o cultivo extensivo e intensivo o DNOCS considera o alevino apto para peixamento com a idade de 45 dias de vida livre, contados após a eclosão, visto já se encontrar em condições de se defender dos seus inimigos naturais. A produção atual de alevinos pelo DNOCS é de 6 milhões de exemplares/ano, mas háem estudo um projeto de elevação do potencial em cerca de 5 vezes, mediante construção de novas unidades produtoras e da ampliação das atuais em operação. Dentre as espécies de valor comercial que o DNOCS vem produzindo, quatro são nativas da região, oito são aclimadas e oriundas de outras bacias hidrogáficas do país, não pertencentes ao semi-árido nordestino e quatro são exóticas transplantadas de outros países e já aclimadas no Nordeste. Com vista a atender aos interessadis o DNOCS regulamentou o fornecimento de alevinos pelas suas Estações de Piscicultura, mediante adoção de Normas Técnicas e de determinações específicas baixadas pelo Diretor Geral.
Mas seria esta uma medida mitigadora?
Bem, o relatório de reunião temática da Eletrobras em 1999 dizia que a mais comum era a retirada dos animais da área do reservatório através de programas freqüentemente denominados “salvamento”, “resgate”, “aproveitamento científico” ou “resgate seletivo”.
Então, acertei a questão! rs
Medida mitigadora para cada impacto da hidrelétricalistado abaixo? (Cesgranrio prova EPE, 2012)
- interrupção de rota migratoria de peixe : mecanismo de transposição
- aprisionamento de peixe: resgate da ictiofauna
- e alteração nas comunidades de peixes: peixamento.
Até a próxima questão!
referências:
ELETROBRÁS . O tratamento do impacto das hidrelétricas sobre a fauna terrestre/Centrais Elétricas Brasileiras Área de Meio Ambiente; coordenado por Luiz Eduardo Menandro de Vasconcellos. - Rio de Janeiro: Eletrobrás, 1999. . http://www.maternatura.org.br/hidreletricas/biblioteca_docs/tratamento.pdf
MANUAL SOBRE MANEJO DE RESERVATORIOS PARA A PRODUÇÃO DE PEIXES
http://www.fao.org/docrep/field/003/ab486p/AB486P00.htm#TOC
José Jarbas Studart Gurgel * e Francisco Hilton Nepomuceno ** em POVOAMENTO E REPOVOAMENTO DE RESERVATÓRIOS dizem que:
Pedro Jorge Campello Rodrigues Pereira. DESAFIOS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE USINAS HIDRELÉTRICAS: UM ESTUDO DE CASO DA UHE ITAPEBI. Dissertação apresentada ao Corpo Docente do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de MESTRE em Ciências, em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento. http://www.ie.ufrj.br/images/conjuntura/Gema_Dissertaes/Dissertacao_Pedro_Jorge_Campello2011.pdf
Analise do Relatório do Impacto Ambiental das Usinas Hidrelétricas no Rio Madeira no Município de Porto Velho/RO. http://www.anppas.org.br/encontro5/cd/artigos/GT14-344-287-20100902124004.pdf
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