terça-feira, 6 de novembro de 2012
Proibido uso de agrotóxico conhecido por ser letal e que era utilizado em plantações como de feijão Aldicarbe há 22 anos já está fora do mercado em 60 países
Proibido uso de agrotóxico conhecido por ser letal e que era utilizado em plantações como de feijão
Aldicarbe há 22 anos já está fora do mercado em 60 países
06 de Novembro de 2012
http://www.sense8.com.br/clientes/amda/?string=interna-noticia&cod=5557
Finalmente está proibido o uso do agrotóxico aldicarbe que era usado em plantações como de feijão, algodão, batata, café, cana-de-açúcar, citros. Ele também era utilizado irregularmente como chumbinho, um raticida doméstico conhecido por ser letal. Em diversos países, como Estados Unidos, Alemanha e Suécia ele está fora de uso desde 1990. Apesar de teoricamente controlado, na forma de "chumbinho", era vendido livremente por todo o país, em lojas agropecuárias não autorizadas e até mesmo em feiras livres e por camelôs.
Os dados sobre envenenamentos relacionados a chumbinho no país mostram que, das oito mil ocorrências anuais, 4.800 estão relacionadas ao uso do aldicarbe como principal substância tóxica. Além dos seres humanos, ele é responsável pela morte de animais domésticos e silvestres, além da contaminação do solo, alimentos, rios e lençóis freáticos.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso do chumbinho é inútil para combater roedores, já que como o produto mata de imediato o rato que o ingere, os demais observam e não consomem o alimento envenenado. Os raticidas legalizados agem como anticoagulantes, provocando envenenamento lento. Dessa forma, a morte do animal não fica associada ao alimento ingerido, o que faz com que todos os ratos da colônia ingiram o veneno.
O chumbinho é feito de agrotóxicos de uso exclusivo da lavoura que são desviados do campo para as cidades e comercializados ilegalmente como raticida. O principal defensivo é o aldicarbe, que corresponde a 50% dos chumbinhos analisados e possui a mais elevada toxicidade aguda entre todos os ingredientes ativos de agrotóxicos até então autorizados para uso no Brasil. A escolha da substância varia de região para região do país. Outros agrotóxicos encontrados em amostras analisadas de 'chumbinho' são o carbofurano (carbamato), terbufós (organofosforado), forato (organofosforado), monocrotofós (organofosforado) e metomil (carbamato).
Em nota o órgão informou que o Temik 150 era o único produto à base de aldicarbe que possuía autorização de uso no Brasil. A recomendação de cancelamento do registro dos produtos já havia sido feita durante reunião da Comissão de Reavaliação Toxicológica, em 2006, quando estabeleceu-se medidas que restringiram o seu uso. Por exemplo, a venda do produto em estados como Bahia, Minas Gerais e São Paulo foi limitada a agricultores certificados e propriedades cadastradas. Outra medida foi a inclusão de agente amargante e de emético (substância que induz ao vômito) na formulação do produto.
Em 2011, após o processo de reavaliação, a Bayer S/A apresentou um cronograma de descontinuidade de comercialização e distribuição do produto. A empresa se comprometeu a recolher qualquer sobra em posse de agricultores.
No mês passado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou no Diário Oficial o cancelamento do registro do Temik 150, o que torna, oficialmente, proibido a produção e venda de qualquer agrotóxico à base de aldicarbe.
Conforme o site Africa Answer man, em países do continente africano, como a empresa americana Bayer ainda possui licença para comercialiar o produto, milhares de crianças e elefantes têm sido vítima do agrotóxico.
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