segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ANVISA proíbe o aldicarbe, famoso “chumbinho"



http://animaisos.org/?n=4568

Desde 2007, a campanha “Chumbinho não!”, do OLHAR ANIMAL, pedia a proibição da substância mortal produzida pela Bayer. Somente após anos de denúncias, encaminhadas inclusive ao Ministério Público Federal (MPF), e meses após a própria Bayer ter anunciado o fim da produção do Temik 150, agrotóxico elaborado com o aldicarbe, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a substância, cancelando o registro do produto da multinacional alemã. A vedação pela ANVISA ocorre também após o prazo que a própria Bayer havia previsto para esgotar seus estoques do produto, estimado para meados de 2012.



Por décadas, o produto fez incontáveis vítimas humanas (especialmente crianças) e animais, mas durante estes anos a ANVISA limitou-se a solicitar à Bayer que incluísse um amargante na composição do Temik, mesmo sabendo que o veneno pode ser letal até pela inalação.

O MPF arquivou o inquérito civil que tramitava no ógão quando foi informado pela Bayer de que esta se decidira pelo fim da importação e comercialização do produto. As milhares de mortes e outros danos causados pelo veneno ficaram sem investigação e punição.

Mesmo após o anúncio da ANVISA, o produto continua a ser criminosamente vendido, como verificado pela reportagem da Rede Record. Os envenenamentos não terminaram. Sequer o chumbinho acabará, ele que tem como substância mais letal e comum o aldicarbe, mas que também é formulado com outros venenos. Em algumas regiões do Brasil, o chumbinho nem é o produto mais usado para envenenamentos de pessoas e animais, papel cumprido pelo composto 1080 (monofluoracetato de sódio), também conhecido como “mão branca” e já proibido no país.

De qualquer forma, ficamos bem felizes com a notícia e certos de que nossa participação com a campanha “Chumbinho Não!” influenciou para que a proibição ocorresse. Cabe a todos os cidadãos e defensores da vida provocarem os órgãos competentes (polícias, vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, etc.) para que reprimam o comércio criminoso destes produtos, muitas vezes contrabandeados.A luta dá resultados. A campanha “Chumbinho não!” mostrou isso.

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