http://www.portalamazonia.com.br/editoria/atualidades/ibama-quer-intensificar-numero-de-operacoes-no-amazonas-em-2013/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
O chefe de operações do Instituto no Amazonas, Henrique Tremante, explicou que trabalhar em parcerias com outros órgãos permitiu intensificar o combate aos crimes ligados à fauna, à pesca e, indiretamente, à biopirataria.
Sarah Lyra - jornalismo@portalamazonia.com
Ano de 2012 foi importante para o Ibama no sentido de aplicação de parcerias. Foto: Divulgação/Ibama
MANAUS – Para 2013, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ( Ibama) prevê um reforço das relações com outros órgãos, dando maior dimensão as próprias ações e de institutos parceiros. O Instituto fechou o ano de 2012 com um balanço de 37 operações no estado do Amazonas. Destas, seis foram de pesca, 16 de flora, cinco de fauna, quatro de degradação ambiental e seis operações de rotina.
O chefe de operações do Amazonas, Henrique Tremante, explicou que trabalhar em parcerias com outros órgãos permitiu intensificar o combate aos crimes ligados à fauna, à pesca e, indiretamente, à biopirataria. Henrique acredita que com as parcerias é possível ampliar as ações dentro do Amazonas.
O órgão também prevê, em seu plano anual, o aumento do número de operações no Estado e a prioridade é o desmatamento. “Como a maior parte do efetivo do Ibama está envolvida com o desmatamento, as parcerias fazem com que possamos trabalhar nas outras áreas de uma forma mais eficiente”, explica.
Além das ações próprias, o Ibama também participou, em 2012, de 15 operações em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai). O Ibama trabalhou ainda em conjunto com o Instituto Chico Mendes (CMBIL), com o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e com a Funai.
20 mil alevinos de aruanã sendo apreendidos pelo Ibama e Força Nacional, em Tonantins. Foto: Divulgação/Ibama
Operações na Amazônia
Do total de operações, a chamada “Soberania Nacional” continua em andamento e a“Piracema III” foi encerrada no dia 22 de dezembro. A primeira tem como objetivo identificar áreas de degradação ambiental.
Usando o sistema “Deter”, criado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é possível para o satélite identificar uma alteração na área, podendo ser um desmatamento ilegal. A partir desta identificação, o aparelho fotografa o local, formando, assim, um polígono.
“Esta tecnologia é precisa. Trabalhamos com uma margem de erro de 5%. O uso de monitores para identificação de polígonos na região de mata facilita o flagrante, pois toda a operação é feita em tempo real”, explicou Tremante. Além da figura geométrica, o satélite também informa os dados geográficos para a localização.
Registro de operações
O órgão explicou que, nos últimos anos, houve um aumento no desmatamento do sul do estado. Um dos fatores para este índice é que o Estado do Amazonas ser uma das últimas fronteira em território brasileiro. “Todo ano nós voltamos à mesma região. Eles [desmatadores] estão subindo cada vez mais, vêm do Mato Grosso, Rondônia e, com isso, intensificam o processo de desmatamento”, explica o chefe de operações. Para ele, as ações do Ibama devem ser cada vez mais coordenadas e contar com a participação de outros estados para que seja possível abaixar o índice de desflorestamento.
Na Piracema III, operação de Fauna em parceria com a Funai e apoio da Polícia Ambiental, a dificuldade do trabalho se dá pela mobilidade do alvo. Dentre as apreensões realizadas em 2012, estão mil tartarugas, 6 mil ovos de tartaruga – ambas localizadas em Anavilhanas – e 20 mil alevinos de aruanã, sendo o último na região de Tonantins, no Alto Solimões.
6 mil ovos de tartaruga foram apreendidos na região de Anavilhanas. Foto: Divulgação/Ibama
Nenhum comentário:
Postar um comentário