quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Aproximadamente cem toneladas de peixes mortos são encontradas no litoral de São Paulo


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Proprietários responsáveis podem ser autuados por crime ambiental, pagar multas, ter o barco apreendido e o registro para atividades de pesca cassado

31 de Outubro de 2012
Aproximadamente de cem toneladas de peixes mortos descartados foram parar nas praias de Peruíbe, localizada a 135 quilômetros de São Paulo. A Polícia Militar de Meio Ambiente do Estado procura os responsáveis. Foram encontradas na areia espécies como corvina, pescada e roncador.

O gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) marinha do Litoral Centro, Marcos Campolim, afirma que os peixes descartados são pescados não aproveitados em função de seu baixo valor comercial. Vinculada à Fundação Florestal paulista, a APA é a maior unidade de conservação marinha do país, com área de quase 4.500 quilômetros quadrados (km²).

A teoria é de que os peixes teriam sido apanhados a cerca de três quilômetros da costa e levados à praia por correntes marítimas. Campolim aponta duas hipóteses para o descarte: a de que o pescado tenha sido recolhido em redes de arrasto para camarões ou tenha ficado preso em redes de malha deixadas na água para retirada posterior. A Polícia está tentando fotografar as embarcações para transmitir seu nome e seu tamanho ao Ministério da Pesca e Aquicultura, responsável pelo registro dos barcos.

Os proprietários dos pesqueiros podem ser autuados por crime ambiental, pagar multas, ter o barco apreendido e o registro para atividades de pesca cassado. "O descarte é alto, sim. No arrasto de malha [em que se deixam redes a certa profundidade para capturar animais marinhos], peixes são recolhidos e ocupam espaço no porão dos barcos até que se pesquem outros, maiores e com mais valor comercial", comenta Campolim.

Para reduzir o risco da pesca de peixes menores e nem sempre em idade suficiente para reprodução, a Fundação Florestal estuda ampliar as distâncias mínimas da costa para a pesca do camarão. Atualmente, ela é de 200 metros para embarcações de pequeno porte e de 1,5 milha náutica (quase 2,8 km) para barcos industriais (geralmente, acima de dez metros de comprimento).

Outro plano consiste em um "programa de pesca responsável" capaz de abranger toda a cadeia produtiva de pescados. Uma ação experimental pode começar neste ano em Itanhaém (106 km de São Paulo) e, em 2013, ser adotada em outras sete cidades da Baixada Santista.

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