ABATEDOURO DE GADO CLANDESTINO É INTERDITADO EM ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL EM NOVA FRIBURGO

26/10/2012 - 00:00h - Atualizado em 26/10/2012 - 19:07h
 » Flor Jacq

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Os restos dos animais mortos eram jogados em afluente do Rio Macabu, que corta Lumiar e alimenta a represa de água que abastece o Município de Macaé

Fiscalização da Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais, da Secretaria de Estado do Ambiente (Cicca/SEA), em parceria com o Comando de Polícia Ambiental (CPAm) e o Ibama interditou hoje (26/10) abatedouro de boi clandestino, construído dentro dos limites da Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima, que possui 35 mil hectares e tem sede em Lumiar, distrito do Município de Nova Friburgo.

Os agentes flagraram ainda duas áreas desmatadas, com 10 mil m² cada, usadas por pequenos proprietários como pasto. Segundo o coordenador da Cicca, José Maurício Padrone, a prática de retirar vegetação nativa é muito comum na região.

“Eles vão fazendo aos poucos para que as equipes de fiscalização não percebam. Se não tivermos atenção, elas acabam se interligando, tomando dimensões maiores”, disse Padrone.

Em terreno ao lado do abatedouro, foi encontrada uma vala com seis metros de cumprimento e três de profundidade, onde eram descartadas as carcaças dos animais mortos. As vísceras e o sangue eram jogados em um córrego, afluente do Rio Macabu, que alimenta a represa Sodrelândia, responsável pelo abastecimento de todo município de Macaé.

Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, ainda este ano será inaugurada a Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm) do Parque Estadual do Três Picos, que tem um núcleo avançado também em Lumiar.

“Essa é mais uma ação de fiscalização da Secretaria do Ambiente, por isso, o Estado do Rio de Janeiro chegou ao desmatamento praticamente zero. Com a instalação da UPAm do Três Picos vamos intensificar a fiscalização e a prevenção aos crimes ambientais na área do parque e na área da APA de Macaé de Cima”, disse o secretário.

A equipe de fiscalização está fazendo uma busca para encontrar os responsáveis, que serão investigados e enquadrados na Lei de Crimes Ambientais (Lei n° 9.605/98).