domingo, 28 de outubro de 2012
REUNIÃO DISCUTE ESTRUTURAÇÃO DA VERDE PARA SEMPRE
http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/4-geral/3445-reuniao-discute-estruturacao-da-verde-para-sempre.html
Brasília (26/10/2012) – Diretores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) receberam na tarde desta sexta-feira (26) representantes dos moradores da Reserva Extrativista (Resex) Verde Para Sempre, no Pará, e da organziação não governamental (ONG) Greenpeace.
A reunião, que ocorreu no gabinete da presidência, em Brasília, serviu para discutir temas relacionados à estruturação e proteção da unidade, que vem sofrendo vários de tipos de pressão, inclusive, o desmatamento ilegal.
Depois de lembrar que já esteve por três vezes na resex, que é banhada pelo Rio Xingu e abriga cerca de 2.200 famílias, num total aproximado de 30 mil pessoas, o presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, citou uma série de medidas que vem sendo articuladas pelo Instituto para dotar a unidade de estrutura necessária para o seu bom funcionamento.
Ele destacou, inicialmente, que Instituto vai apressar os planos de manejo florestais que já foram aprovados para algumas comunidades do interior da UC, mas, por questões técnicas, ainda não foram postos em prática. “Reserva extrativista é criada exatamente para servir aos seus moradores”, disse o presidente, dirigindo-se a Anastácio da Silva Avelino, um dos líderes dos habitantes da Verde para Sempre.
O presidente afirmou que o Instituto está atento à regularização fundiária da unidade, que tem mais de 1 milhão de hectares, à efetivação do Plano de Manejo, que regula, entre outras coisas, o uso sustentável dos recursos naturais e a ocupação do território, e à organização da cadeia produtiva das atividades econômicas exercidadas na reserva, como a exploração sustentável da madeira, a criação de búfalos e a pesca.
Vizentin informou que estuda a inclusão da Verde para Sempre nos projetos Terra do Meio, que prevê investimentos em várias unidades da região, e no Luz para Todos, que garante eletrificação de áreas rurais, e vai fazer o possível para desencalhar cerca de R$ 5 milhões de compensação ambiental que já estão designados para a unidade.
Os representantes do Greenpeace, Paulo Adário e Marcio Astrini, reforçaram a necessidade de estruturação o mais rápido possível da reserva, como forma, inclusive, de garantir a sua proteção. Dias atrás, a ONG ambiental entregou ao Ministério do Meio Ambiente fotos feitas a partir de um sobrevoo, que mostram balsas transportando troncos de madeira no Xingu. Segundo eles, a área fica no entorno da resex.
O coordenador de Proteção Ambiental do ICMBio, Paulo Carneiro, que participou da reunião, informou que o caso já está sendo investigado pelo Instituto. Até agora, no entanto, não há qualquer confirmação de que a madeira transportada pelo rio seja originada de desmatamento ilegal no interior da reserva ou de um assentamento do Incra, que fica vizinho.
Ele disse também que o ICMBio pretende reforçar a fiscalização na resex, mas, para isso, precisa do apoio dos moradores. Segundo o coordenador, a ideia é criar um comitê de proteção, que teria a participação de agentes do governo e de representantes das várias comunidades da resex, para evitar futuros conflitos.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280
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